terça-feira, 1 de julho de 2008

Guerra dos farrapos

Aqueles foram tempos convulsivos no Rio Grande do Sul. Um povo ainda em formação lutava por sua terra, seu gado, suas mulheres e seus filhos. Para o campo migravam os homens, numa marcha sem volta. Idealistas, sanguinários, libertários, soldados, estancieiros, peões, maridos, pais. No campo sangravam. No campo passavam frio e fome. Apartavam-se até dos ideais, por vezes da razão. Escondiam o medo na insanidade. Perdiam as roupas, os cavalos, as batalhas. Farrapos. Na casa ficavam as mulheres. Com elas, moças que viam a meninice passar, esperando seus irmãos, seus pais, um pretendente que pudesse transpor a porteira só para cruzá-la novamente rumo à morte.

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