terça-feira, 1 de julho de 2008

1968 - O ano que não terminou

O ato final
"Eu confesso que é com verdadeira violência aos meus princípios e idéias que adoto uma atitude como esta." (Presidente COSTA E SILVA)
Pela movimentação da véspera, podia-se esperar uma sexta-feira, 13, cheia de desassossego. Mas nem a superstição podia adivinhar que aquele dia iria durar mais de uma década. Costa e Silva, segundo seus exegetas, acreditava que o AI-5 acabaria em oito ou nove meses. Costa e Silva acabou antes.
Resultado de um mergulho de dez meses nos jornais e revistas da época, atualizado por dezenas de depoimentos, o livro "1968: O Ano que Não Terminou", do jornalista Zuenir Ventura, é uma fascinante reconstituição do ano de 68 no Brasil - de uma época e de seus heróis, de seus dramas e paixões, de suas lutas e vitórias. Testemunha e participante daqueles tempos de exaltação, Zuenir Ventura faz de 1968 uma reconstituição como até hoje não se havia feito. E seu mergulho naquela geração mostrou-lhe que o melhor legado que ela deixou não está no gesto - muitas vezes desesperado, outras vezes autoritário - mas na paixão com que foi à luta. É esta grande paixão que o autor agora nos mostra. Com simpatia, mas sem redundância.

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